quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Sangue nos olhos

Pelos mais diversos motivos, os últimos dias têm sido turbulentos. Ontem eu pensei que seria legal relaxar um pouco e combinei de ir ao Outback com o namorado. Chegamos em casa pra tomar um banho esperto depois do trabalho e, tananã, nosso quarto estava trancado. Eu não tranquei, ele não trancou, mas o quarto estava trancado. O nosso quarto.  

Liguei pra minha mãe, que muito tranquilamente informou que trancou o quarto (e levou a chave) porque precisou deixar o vidraceiro sozinho no apê, e achou de bom tom proteger nossos pertences. Todos os outros cômodos permaneceram destrancados, o que quer dizer que o vidraceiro, no caso de também exercer a função de ladrão, poderia levar todos os pertences da casa: da tv à geladeira, do microondas à cristaleira, EXCETO os pertences do meu quarto. Minha mãe: nunca entenderemos.

Desistimos de ir ao Outback e fomos ao supermercado comprar um vinho, uns queijos, umas cervejas e uns petiscos. Tudo muito bom, tudo muito bem, assistimos a pelada Brasil x Argentina, demos risada do Galvão, aquela coisa toda. Quase na hora de dormir, em um movimento brusco, inesperado e desgovernado, o rapaz que atende por meu namorado ATINGIU meu óculos de grau, que descansava no cantinho da cama. Eu vi, ele disse que tinha só encostado, e saiu lindo pra tomar banho. Quando fui olhar, o óculos DESFALECEU na minha mão. Pessoa equilibrada que sou, sentei e chorei. O infeliz volta pro quarto e solta a pérola: - Que foi, amor, gol da Argentina? Gente, gente, gente. Faz o quê com uma pessoa dessas?

Deus sabe como eu sou dependente de óculos. E só Deus sabe por que eu não tenho um óculos reserva. Tenho lentes de contato, claro, e tô usando as lentes hoje, mas porra, não gosto. Já tive úlcera de córnea, as lentes incomodam.

Que ódio.

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