sexta-feira, 8 de julho de 2011

O amor é uma dor.

 Meu namorado e eu vivemos dizendo, em tom de brinks, que só brigamos por três motivos: política, futebol e religião.

(uma grande verdade: tenho o péssimo hábito de sempre querer discutir o que não se discute – pra mim, qualquer assunto é discutível)

Nesses vinte meses de relacionamento, vínhamos lidando bem com nossas diferenças políticas, futebolísticas e religiosas, até que (e sempre tem um até que) entrou em pauta, jamais saberemos como, as diferentes criações que recebemos e a educação dos nossos (futuros? possíveis?) filhos. Pior: a educação de possíveis futuros filhos adolescentes.

Além de todo o absurdo de começar uma discussão com pelo menos quinze anos de antecedência, teve mais. Começamos a debater em uma festa julina, depois de uns vários bons drink (cerveja, champanhe e catuaba: misturamos). Semiconhecidos acompanharam tudo com cara de "Q". Continuamos em casa, dormindo da forma mais clichê possível em quartos separados. Encerramos no dia seguinte, conversando e fazendo sexualmente as pazes. Tudo isso para retomar a discussão um dia depois, numa mesa do Outback, na comemoração do aniversário de uma amiga, e continuar em casa, madrugada adentro, em dia útil.

E depois de todo choro e ranger de dentes, a que conclusão chegamos? Nenhuma.

 

 

Quer ter discussões descabidas em momentos inoportunos? Pergunte-me como.

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